quarta-feira, 22 de agosto de 2018

HARVEY, D. Diecisietecontradicciones y el fin del capitalism


Introdução

Diante de crises do sistema capitalista, como o “estouro” da bolha imobiliária ocorrida em 2008, Harvey (2014) coloca em discussão 17 contradições do sistema capitalista. O autor põe em discussão os fundamentos das crises do sistema capitalista e como isso se reflete à sociedade, elaborando pressupostos a uma vida pós-capitalista.
            Harvey propõe, com base em Karl Marx, que se deve analisar as contradições para então elaborar-se a análise das crises. Já que ele entende o sistema capitalista como cíclico e que as crises sempre irão existir dentro do sistema capitalista. Para isso ele discute e propõe 17 contradições. 

Sobre o valor de uso e de troca (bônus track)

            A primeira contradição que Harvey apresenta se refere ao valor e uso e ao valor de troca. De acordo com o autor, a mercadoria tem um valor de uso e um valor de troca.
            Harvey sustenta que o valor de uso se refere a uma necessidade básica para a manutenção da vida humana, por exemplo, o ato de comer para saciar a fome. Enquanto que o valor de troca se refere à quantidade monetária para se adquirir algo. Seguindo o exemplo, é o quanto seria necessário ter-se de unidade monetária para saciar uma necessidade fundamental, como a fome.
            Harvey aposta, seguindo a sugestão de Marx, que há uma contradição entre valor de uso e valor de troca. O problema está no momento quando se “financeiriza” o valor de uso, potencializando o valor de troca em detrimento do valor de uso.
            O autor demonstra o exemplo da especulação imobiliária sobre as moradias. Para ele, o valor de troca passou a ser predominante na sociedade capitalista. Já que as pessoas começaram a tratar a moradia não mais como uma necessidade de morada, mas como poupança ou investimento de curto e longo prazos. Também argumenta para o “olhar” sobre a oferta e demanda, uma vez que o valor de uso pode se tornar escasso quando da pouca oferta, auferindo, assim, valores grandes sobre a troca diante da pouca disponibilidade da mercadoria, por exemplo.
            Sugere-se que deve haver um equilíbrio entre valor de troca e valor de uso, mas o que ocorre é que o sistema capitalista tende a especular e a financeirizar tudo. Dessa forma, o autor propõe que se deve focar numa proposta para o valor de uso, tentando reduzir o papel especulativo do valor de troca sobre o valor de uso.
           
Sobre o crescimento acumulativo exponencial sem fim

Harvey coloca na contradição 15 que a remuneração para o capital aumenta e que esse crescimento assume a forma de um gráfico exponencial com o passar do tempo. Ele coloca que o capital tem buscado taxas de remuneração cada vez mais altas. É cada vez mais emblemático que, considerando o exemplo das proporções de remuneração apontadas pelo autor, por exemplo, se um investimento na década de 1970 rendia cerca de 600 bilhões de dólares, hoje é preciso encontrar canais lucrativos de investimentos na ordem de 3 trilhões de dólares e que daqui a 20 anos, mais ou menos, será preciso taxas de lucros da ordem de 6 trilhões para os investimentos.
            O autor aponta que o crescimento exponencial e a acumulação sem fim são um problema, dado que cada vez mais teremos maiores números na captura de remunerações por renda, ao invés de lucros ou taxas atrativas de investimentos na produção de coisas materiais, como alimentos, que nos dias atuais já não são tão atrativos de seinvestir financeiramente como eram na década de 1970.
            O autor argumenta sobre a teoria de Malthus, na qual colocava que a taxa de população mundial tende a crescer a um ritmo exponencial ou geométrico, enquanto a produção de alimentos num ritmo aritmético. Harvey coloca que Malthus não se atentou para o progresso tecnológico na agricultura e nem pensou na possibilidade da diminuição demográfica. No entanto, Harvey trabalha um ponto interessante do pensamento de Malthus: que é colocar para análise a evolução demográfica com a evolução da acumulação de capital.  Harvey coloca o seguinte problema: nos primeiros momentos da história do capital, o rápido aumento da população ou de uma vasta reserva de trabalho assalariada inexplorada e ainda não urbana, sem dúvida, ajudou a manter uma rápida acumulação de capital (Harvey, 2014, p. 227), mas que, por outro lado, por exemplo, a taxa de crescimento da economia não tem acompanhado a taxa de desemprego e a taxa de decrescimento da população. A partir disso, Harvey demonstra que o crescimento da acumulação de capital se apoiará cada vez menos no crescimento demográfico e mais sobre a taxa de desemprego.
            Mas, se o capital se apoia no mais valor e na busca por benefícios, qual seria a razão e lógica atual para se obter mais valor sobre o que se tinha no princípio? Harvey aponta que a resposta está na privatização dos ativos públicos, na retração dos direitos sociais e na participação privada no provimento dos serviços públicos.  Para o autor, a acumulação exponencial só se mantém na medida em que o capital vai cada vez mais penetrando na vida social e econômica das pessoas. Por outro lado, mudanças significativas de consumo por parte da população têm sido presenciadas, já que os bens de consumo são cada vez mais projetados com uma certa obsolescência programada.
            De acordo com o autor (p. 235 – 236), quando a rentabilidade do investimento nos ativos produtivos caiu na década de 1970 houve a mobilização de capitais para as instituições creditícias, que cederam empréstimos a países do terceiro mundo. Naquele momento, a ideia era que o capital excedente encontraria remunerações superiores aos disponíveis no mercado, Harvey denomina esse capital rentista de classe parasitária. Qual então o perigo dessa contradição para a sociedade? Harvey aponta que os recursos naturais são finitos e que o consumo não pode crescer de forma fictícia ou descolada da realidade de disponibilidade na natureza. Além disso, a população necessita de bens materiais básicos para a vida. Dado que o capital busca proporções de remuneração cada vez maiores, é tenebroso pensar no abandono de investimentos no capital industrial e o soerguimento da classe parasitária.
           
Sobre tecnologia, trabalho e disponibilidade humana

            Nessa contradição, Harvey demonstra a contradição fundamental entre o uso da tecnologia aplicada ao trabalho com a disponibilidade humana para o trabalho. Os benefícios do desenvolvimento tecnológico não têm sido compartilhados a todos os habitantes do planeta e que, na verdade, o objetivo do desenvolvimento tecnológico é a experimentação de um assombroso aumento da produtividade do capital.
            Harvey coloca que as empresas capitalistas estão submetidas a uma competição mútua, em que elas trabalham para elevarem suas eficiências e produtividades individuais, tentando obter benefícios maiores que as suas competidoras (p. 102) no mercado e que os resultados disso são saltos tecnológicos de distintos setores. No entanto, Harvey atenta para a questão do monopólio e da propriedade intelectual, como os royalties.
            Dito isso, Harvey coloca que o capital tem sido beneficiado do avanço tecnológico no capitalismo, em que ele se alimenta ferozmente por meio da destruição criativa das tecnologias - inovação.  Para o capital, a tecnologia se converteu num campo especial da atividade empresarial, donde se sucederam buscas pela maior invenção e inovação nos sistemas de produção, circulação, consumo, governança, poder militar e vigilância (p. 104). De acordo com o autor, desde meados do século XIX a compreensão científica há experimentado os avanços tecnológicos como o microscópio e o telescópio, mas que, por outro lado, as novas tecnologias têm se apropriado cada vez mais dos conhecimentos científicos e que se há promovido uma verdadeira inserção desses no núcleo da atividade empresarial para o impulso da inovação tecnológica.
            Harvey fala que o controle sobre o processo de trabalho e o trabalhador tem sido decisivo para a capacidade do capital de manter a rentabilidade e a acumulação de capital (p. 111). Durante toda a história, o capital há inventado, inovado e adotado formas tecnológicas cujo o principal propósito é aumentar o controle sobre o trabalho. Assim, otimização e robotização são interiorizados no processo de produção das mercadorias, em vias de substituir o trabalho vivo pelo morto. É por essa via que Harvey coloca que os robôs não se queixam do pagamento de salários e nem do tempo de trabalho, por exemplo, mas que, por outro lado, robôs não têm a propensão a consumir mercadorias.
            Harvey aponta que o desastre econômico pode ocorrer caso não haja população suficiente a comprar as mercadorias produzidas pelas empresas. A competição entre empresas por meio da inovação tecnológica e pela redução dos custos de produção tem, de certa forma, eliminado diversas profissões e empregos e, por outro lado, estimulado a criação de diversas outras. No entanto, ao citar Henry Ford, Harvey demonstra que: permitir que os empregos sejam eliminados aos montes sem nenhum plano concreto de recriação ou mitigação pode condenar o sistema capitalista ao desastre (p. 113). Já que os consumidores impulsionam o mercado, se uma fração substancial de empregos for destruída de onde virá a demanda que movimenta a circulação do mercado?
            É preciso se atentar para o surgimento de uma parcela revoltosa da sociedade que, sem disponibilidade de emprego por parte das empresas, pode vir a ser um problema ao funcionamento do capitalismo. Também, a contradição entre produção de valor, por um lado, e inovação tecnológica que tente salvar o trabalho vivo em grande escala, por outro, há encontrado um território cada vez mais perigoso ao se ver-se afetado por uma crescente parcela da população sem previsíveis oportunidades de emprego; o que é um problema para a reprodução do capital.
           


A propriedade privada e o Estado capitalista

            Harvey começa a contradição abordando a ideia de que o Estado faz a mediação das relações entre consumidores e vendedores, uma vez que o valor de troca pressupõe a garantia da existência dos direitos de propriedade individual sobre as mercadorias e sobre a moeda. Portanto, o papel do Estado aparece, por exemplo, como garantidor do direito de propriedade privada.
            A imposição e/ou consenso dos direitos de propriedade privada depende da existência de poderes estatais de coerção e do ordenamento do sistema jurídico, que codifica e define uma série de obrigações contratuais. Dessa forma, a sociedade está submetida ao poder coercitivo do Estado por meio do monopólio do uso da força. O que caracteriza dizer que as ações do Estado são ancoradas num sistema jurídico ou contrato socialmente imposto ou aceito pela sociedade, sendo a vigência desse sistema garantida através do Estado. Cabe ao Estado, por meio do poder coercitivo, definir, regular, codificar e dar forma legal aos direitos e vínculos sociais que caracterizam uma determinada sociedade (p. 56). Assim, o autor coloca que o direito de propriedade individual está alicerçado numa cultura individualista da sociedade.
            Diante disso, o autor lembra que, além do sistema jurídico, o Estado tem de governar e administrar a moeda e os interesses da população. Ao largo de colocar o Estado como mediador na resolução de problemas referentes às falhas de mercado, o autor coloca em pauta que tanto a burguesia quanto o proletariado têm, eminentemente, encampado o discurso do direito à propriedade individual, uma vez que é garantida, aparentemente, a posse e a acumulação de bens materiais.
            O problema, seguindo o raciocínio de Harvey, é que o Estado capitalista se compromete a fazer manobras que beneficiem a acumulação de capital. Dado que, desde o aparecimento do primeiro Estado-Nação do século XV em diante (p. 58), a construção do Estado tem se apoiado na necessidade por recursos econômicos para garantir-se belicamente na ampliação ou manutenção de seu território. Assim, nos dias atuais, a riqueza e o status de poder se convertem num instrumento crucial para o posicionamento geopolítico e geoeconômico de influencias no mapa mundial, onde o poder competitivo das empresas no mercado está atrelado com a gestão do monopólio do sistema monetário e fiscal do Estado.

Referência bibliográfica


HARVEY, D. Diecisietecontradicciones y el fin del capitalismQuito - Equador: Instituto de Altos EstudiosNacionalesdelEcuador (IAEN), 2014, 296 pp.

O amor existe?



Várias pessoas se perguntam sobre a existência do amor, se ele existe ou se pode ocorrer possibilidade ao encontro desse sentimento nos dias atuais. A resposta é refém das condições que envolvem várias variáveis, como da efemeridade do tempo aos desejos e prazeres, porque vivem em constantes oscilações, se metamorfoseando conforme a combinação das necessidades dos seres.
No percorrer do tempo começa-se a perceber a busca pela existência do amor. Talvez a pergunta devesse ser outra, por exemplo, existem pessoas que se complementam? A procura por excelência, no que toca ao amor, nem sempre é o que se espera daquela pessoa que tanto se enamora. Dessa maneira se extrai os equívocos aos sentimentos, fuga às novas investiduras ao amor por ocorrência ao medo do novo errar, a convivência social e a realidade que engrandece a entrega dos seres ao prazer que se desencontra com o desejo a longo prazo, descaracterizando a busca por sucessivos prazeres durante a vida numa relação a dois, como boas conversas ou o conviver aventuras recíprocas que a relação conjugal possa permitir. 
Durante o tempo percebe-se o impreciso quando se admira alguém por atos que se extinguem em prazos que variam conforme os desejos e prazeres. A descoberta do sentimento amor envolve reciprocidade à abertura do desejo de sentir prazer a um ato (ou atos) de se estar em proximidade a algo que se deseja e que conceda prazer quando adquirido, estando apto a saciar as vontades e necessidades do ser.
A efemeridade dos desejos e prazeres pode arriscar o sentimento de amor ao engano. Isso lembra um investimento, no qual se aplica um determinado valor num objeto para depois colher prosperidade. Todo investimento precisa de cuidado, uma análise crítica deverá ser feita para as possíveis perdas no futuro, como também para os ganhos.
Sabe-se que todo investidor está sujeito aos riscos, podendo ele ficar pobre ou rico ao primeiro aceno da aurora. Talvez seja chulo comparar sentimento com algo que envolva investimentos. Porém pode fazer sentido quando se admite algum fracasso. Não admiti-lo é o mesmo que fanar diante das mazelas; é estar tácito por natureza, consequência de alguma enfermidade adquirida; porque se faz ilação com base nos antigos relacionamentos. Essa estimativa é o medo, resultado de alguma frustração ou fracasso, esse sentimento é o selo que peia e que leva ao óbito qualquer possibilidade de ser terno e simpático às novas sensações, isto é, aos novos investimentos.
No primeiro amor e quando o medo é recalcitrado faz-se emergir os serviços da deusa Afrodite e de seus assistentes Eros e Hímero. Hímero, que de olhos vedados lança “as primeiras setas ao acaso”, desperta o desejo efêmero do amor. Eros, que deriva “herói”, determina quando do amor ser mais forte que qualquer prazer; amor como sacrifício, mais imperioso que a própria vida. É este que aprisiona os seres às novas inclinações ao amor (para quem o teve), do amor entrelaçado com a primeira fonte de sentimento, que torna as pessoas dependentes das demais experiências que a vida pode ou possa oferecer; é ele quem decide as aptidões futuras acerca do amor e também a conquista do desejar o outro ser para si a longo prazo. Comparando com os investimentos, é o passado frustrado que torna o investidor mais cauteloso para as novas intenções de investidas. 
Até aqui se entende que passado preserva o futuro, porque é isto que o texto propõe, o passado pode ser modificado e retificado. Mas, o que seria o sentimento inicial ou a primeira fonte de desejo? Algumas respostas são possíveis encontrar em seu consciente, porque todo ser possui alguma feição pré estabelecida a saciar o prazer imediato, que antecede o desejo, logo, as pessoas já devem ter se iludido com sensações sem efeitos contínuos. 
As pessoas se abstêm de qualquer possibilidade de amar intensamente, seja pelas experiências próprias como pelas indagações da sociedade, o famoso adultério, por exemplo, porque não quer dar tempo ou porque não há tempo para se chegar à descoberta desse sentimento. No entanto, algumas outras barreiras para a descoberta do amor são expostas: “falta de coragem” e medo em arriscar. Fica a pergunta, porque há medo de algo que pouco se conhece e porque falta coragem em conhecê-lo? A psicologia talvez tenha várias conclusões, mas a explicação que cabe aqui é que a sensação do corpo frente à primeira fonte de prazeres, antecedente ao desejo, ocorre. Essa é uma sensação de conforto e paz, há uma taquicardia devido à presença da pessoa no qual tanto se deseja. É a felicidade interior que está prestes a emanar do ser. É esse sentimento que aflora as setas do Hímero. Voltando aos investimentos, um investidor dificilmente abandona seu ofício após uma crise ou erro. Ele tenta a todo o momento salvar seus investimentos e, mesmo fracassado, insere novas investidas.
É esse o espírito que está nas pessoas. O que faz o investidor capaz de correr riscos? O que o torna invulnerável ao medo? Analisando alguns pensadores como Freud, Reich e Shakespeare, pode-se afirmar que o medo é a insegurança que o homem adquire de uma relação longo prazo, ou e, as experiências que o homem vai conquistando ao longo da vida, dotando-o da diferenciação de prazer e desprazer num contexto social.
Portanto, é o prazer que torna um investidor apto às novas investiduras; porque se não fosse de sua função na sociedade, que foi descoberta após a experiência de prazer e desprazer que lhe concede funções psíquicas de desejo ao maior sucesso financeiro, esse não seria investidor. O medo à entrega e a falta de coragem para investiduras ou novas investidas ao sentimento de prazer ao amor apenas enfraquecem Hímero, a falta do fluído cósmico que une o corpo à vontade de desejo a uma relação entre corpos debilitam Eros e ambos cessam qualquer possibilidade de catarse pela deusa Vênus. Sendo a primeira a principal tanalogia do amor.
O que torna potenciais palavras de amor ao sentimento? A juventude foi “acelerada” pelo tempo e perderam-se as noções das melodias e acordes que tanto se deu valor. Os antigos cotidianos das trocas de prazeres e à necessidade do ser estar envolvido à relação conjugal, durante os períodos áureos das formações familiares, foram trocados por meras palavras que se inflam em sentimentos vagos em busca de conquistas de apenas uma noite de verão, enquanto os demais concentram esforços às noites de luas cheias em vão a dois, ficando restritos à efemeridade do desejo e do prazer, ou seja, se confundem e não se destacam, se assemelhando ao prazer natural ao sexo das demais espécies de animais.
 Assim se desmonta as convenções tradicionais que respondem o encontrar amor dito verdadeiro. É possível haver verossimilhança à inflamação do envolver prazeres, desde que haja o encontro do desejar às trocas de prazeres, isto é, espera-se que se admita, em situação, o desejo de se conjugar os prazeres e, em condição, que o tempo permita que não se leve a falhar os prazeres. Exemplo de sentimento que inclina ao fracasso se situa no desejo ao corpo do outro e que dele se espera o prazer, sabe-se que o organismo está sujeito às perdas durante o tempo e, logo, se entende a efemeridade do cultuar o prazer em desejar, que coloca em cela as relações longo prazo.
O amor não responde ao tempo, mas às necessidades que se busca dentro das escalas desse tempo ou às variações psicológicas que cada ser possui, como o gostar e admirar os mesmos objetos ou realizar algo que lhes permitem relações que produzam o ecoar da saudade, que só é descoberta após a morte do outro ser, por conta da não descoberta dos potenciais valores dos prazeres que, descobertos a tempo, sejam engrandecidos e nobres aos dois, se tornando eternos. Dessa forma a confusão dos desejos com os prazeres pode ser vencida e o ser poderá se antevir ao futuro, prevendo os desejos do outro e centralizando suas vontades às necessidades à busca do amor dito verdadeiro.